Vitor Batelochi's Blog


Pra que serve um blog; ou por que fazê-lo?

Posted in Uncategorized por vitorbatelochi em 9 de abril de 2010

A serventia de um blog está na possibilidade de acesso a todos; ou mais que isso, na virtude de postar gratuitamente conteúdos. Eis meu objetivo. Aqui você encontrará a minha edição sobre conteúdos, notícias, textos, impressões e etc. Quem sabe, adiante, esse espaço venha  a se dedicar a algum tema em especial. Por enquanto, é só a vontade de reunir num mesmo espaço conteúdos que resumem ou expressem de alguma forma o meu pensar.

FESTIVAL DE NAZIFASCIS​MO NA AVENIDA PAULISTA

Posted in Economia,Notícias de mídia,Política partidária por vitorbatelochi em 26 de maio de 2011

O Brasil inteiro assistiu no Jornal Nacional de sábado, dia 21/05/2011, o festival de truculência fascista e brutalidade policial que aconteceu na Avenida Paulista. Tudo começou quando um desembargador do TJ paulista, Teodomiro Mendez Ribeiro, decidiu reescrever a Constituição Federal ao seu modo peculiar, fazendo tabula rasa da liberdade de expressão e da proibição da maconha cláusula pétrea. Já que a maconha é ilegal, não se pode fazer uma passeata pedindo a legalização. Por essa via, voltando no tempo até meados do século XIX, o douto desembargador criminalizaria o movimento abolicionista, uma vez que a escravidão se encontrava amparada pela lei e a liberdade dos escravos não. O aspecto central do pensamento desse magistrado parece ser o de que a lei é imutável e impermeável ao debate político, o que é absurdo numa democracia.
 
A decisão judicial incompatível com o artigo 5º, IV, IX e XVI, da Carta Magna, e as bombas de gás e os cassetetes da PM do governador Geraldo Assad Kadafi Alckmin são duas manifestações do mesmo tipo de ideologia fascista que não se conforma com as conseqüências de vivermos num Estado democrático de direito, no qual não é possível criminalizar idéias e nem a sua livre manifestação no espaço público. Sobre esse infeliz desembargador, cabe registrar os seus antecedentes criminais, quem quiser saber é só abrir o link a seguir: http://coletivodar.org/2011/05/teodomiro-mendez-o-juiz-que-proibiu-a-marcha-ja-foi-condenado-por-espancamento/
O fato é que gostem ou não aqueles que querem censurar o debate sobre o fracasso da política criminal de “guerra às drogas”, o movimento pela legalização da maconha é uma realidade política e vem conseguindo mobilizar a juventude e questionar o bolorento moralismo proibicionista.
 
Os motivos para legalizar a maconha são muitos e óbvios. Os motivos para manter tudo como está não existem, a não ser no plano do imaginário, do simbólico, ou mesmo do delírio. Em 1998, a ONU aprovou a meta de “um mundo sem drogas” para dali a dez anos, em 2008. Hoje, em 2011, dá para perguntar se quem aprovou aquela meta e aquele prazo não estava sob efeito de algum potente alucinógeno.
 
O escritor francês Victor Hugo disse uma vez que não há nada mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou. É o caso da idéia de botar um ponto final na sangrenta e fracassada “guerra às drogas”. A Razão está do nosso lado e a História na nossa frente. Chega de mortes, de violência e de corrupção.
 
Gerardo Xavier Santiago, advogado

Cesta de moedas no G20.

Posted in Economia por vitorbatelochi em 30 de novembro de 2010

Há aproximadamente duas semanas atrás o Ministro da Fazendo Guido Mantega pronunciou durante reunião do G20 em Seul a necessidade da criação de instrumentos paralelos ao dólar dos EUA para o comércio internacioal. Diante de uma crescente emissão de dólar dos EUA e uma provável desvaloriação futura da divisa hegemônica os discursos sobre a necessidade de instrumentos paralelos sempre ganham força. Segundo Mantega uma alternativa viável são as cestas de moedas, que trazem um valor de referência para as respectivas variações cambiais dos países signatários. Ainda que pouco provável propõe-se também a criação de uma nova instituição financeira mundial de controle de liquidez, algo que poderia funcionar aos moldes dos SDR do FMI. Aos que se interessarem pelo crescente debate sugiro que busquem nesse blog o texto de minha autoria intitulado “A Dimensão Monetária na Integração: contribuições da teoria geral da moeda” (pasta monografia), obra em que procuro compreender esta “necessidade” à luz de uma teoria da moeda e dos sistema financeiro internacional.

Galbraith fala sobre capitalismo, crise e Brasil.

Posted in Economia por vitorbatelochi em 20 de setembro de 2010

Texto retirado de: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16976&boletim_id=761&componente_id=12647

Acessado em 20 de Setembro de 2010.

“Respeitado internacionalmente por seu posicionamento frente às questões econômicas mundiais, o economista James Galbraith, de passagem por Brasília para participar do Seminário Internacional sobre Governança Global, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conversou com a Carta Maior sobre crise, desenvolvimento e capitalismo. Confira:

Na sua opinião, estamos assistindo ao desenvolvimento de um novo ciclo da economia mundial?

JAMES GALBRAITH: Certamente estamos observando um novo ciclo, mas se será caracterizado por desenvolvimento, ainda não está claro. Isso depende da capacidade da comunidade internacional de moldar o caminho futuro da mudança econômica com uma visão estratégica apropriada. Até então, não temos visto isso. O que vemos – e refiro-me aqui aos Estados Unidos e à Europa, que estão no centro da crise – é um esforço para fazer as coisas voltarem ao que eram e fazer com que instituições falidas voltem a funcionar nos mesmos padrões de antes da crise.

O desapontamento que estamos testemunhando com os resultados da economia, me parece ter bastante a ver com o fato de que essa estratégia simplesmente não vai funcionar. Não é um método realista. Não estou separando a crise dos EUA da europeia. O que aconteceu com a Europa foi uma corrida por qualidade. Venderam os bounds e outros investimentos que acharam arriscados. Pensaram que a Grécia, Portugal e Irlanda eram arriscados e compraram títulos do tesouro americano. Fizeram isso porque outros investimentos que tinham, como os relacionados ao mercado imobiliário americano, perderam valor. Então, tentaram proteger sua posição. Não é que tenham descoberto algum ruim sobre a Grécia – todos os investidores sabem há décadas que a Grécia tem problemas: o país não cobra taxas dos ricos e tem os serviços muito amplos e ineficientes –. Isso não é segredo. A verdade é que no ciclo da economia, nos bons tempos você empresta dinheiro para países fracos e nos ruins, para de emprestar. Foi o que aconteceu com a Grécia. Tiraram os investimentos não porque descobriram algo novo sobre o país, mas devido ao que aconteceu nos EUA.

Especialistas dizem que os Estados Unidos estão prestes a sofrer uma nova crise econômica. O que o senhor pensa a respeito?

JG: Acho que ainda estamos trabalhando em um mesmo processo, que na verdade foi tornado inevitável há vários anos devido à falta de habilidade para regular e controlar o sistema financeiro. Isso levou primeiro ao boom, depois à crise e como consequência disso haverá um longo período para saldar as dívidas. E isso é muito mais complicado do que no caso dos países da América Latina nos anos 80. Nesse caso, tinha-se uma única fonte de empréstimo e quando se negociava com ela, vamos dizer bancos internacionais, estava resolvido. Era apenas uma questão de chegar a um ponto em que os bancos concordassem em fazer um acordo ou se o Tesouro Americano estava preparado para enconrajá-los a fazer um acordo, e isso aconteceu em 1989.

Na situação atual, existem milhões de fontes de empréstimo e milhares de credores, porque o financimento imobiliário foi dividido, segurizado e cortado em pedaços e agrupado com todos os outros instrumentos complicados. Então a dificuldade de se chegar a um acordo é muito grande. De fato, em termos práticos, não vai ser possível. O que vai acontecer é que as pessoas vão evitar fazer novos financiamentos. É o que elas vão fazer. O banco é dono da casa, a família vai para algum outro lugar.

O Brasil conseguiu escapar aos efeitos mais perversos das últimas crises. Isso aconteceu porque o governo agiu certo ou foi mera sorte de país emergente?

JG: Nos últimos dez anos, o Brasil tem buscado uma política de incremento, mudanças institucionais e desenvolvimento. Criou um sistema financeiro com inúmeras alternativas aos bancos comercias e completou o ciclo de circulação econômica, aumentando o poder de compra das classes mais pobres. E isso funciona. Há dois países no mundo nos quais você vê um mercado de redução da pobreza extrema: a China é um e o Brasil é outro. A situação da China se aplica apenas a ela. O legado histórico e institucional da China não é algo que alguém adotaria de maneira voluntária: a Revolução Cultural. O que eles fizeram é incrivel, mas tendo como preço um enorme sofrimento e uma sociedade que não é livre.

O Brasil fez isso sob uma democracia funcional, construído sobre princípios sociais essencialmente democráticos que tem sido atacados ininterruptamente por ideólogos neoliberais nos ultimo 30 anos. Ainda assim, aqui observamos, às sombras do modelo econômico da última década, um exemplo de que essa política acarretou um progresso social indiscutível e, mais do que isso, parece ser bem popular. A população tem aceitado e essa, a meu ver, é a coisa certa a se fazer. É impressionante. Funciona e é algo que deve ser compreendido pelo resto do mundo. Em toda a minha vida, esta é a primeira vez que o resto do mundo está olhando para a América do Sul e para o Brasil como exemplo de algo que funcionou.

Em sua apresentação o senhor disse que as pessoas tem uma ideia muito romântica acerca do capitalismo. Como isso ocorre?

JG: Particularmente nos EUA existe, no momento, um discurso político com uma tendência para descrever o país como liberal e com um mercado livre, no sentido da economia capitalista europeia. Isso é uma besteira. Não corresponde aos EUA no qual a população vive. O grande capitalismo liderado pelos bancos e instituições financeiras entrou em colapso em 1929.

A partir do início dos anos 30 o país foi reconstruído, tornando-se totalmente diferente, com um modelo que tinha um forte elemento de companhias privadas, mas no qual instituições cruciais foram estabelecidas por autoridades públicas, pelo New Deal. Nós temos a previdência social, a administração pública de trabalho, o conselho de monitoramento, a autoridade de Tenesee Valley, as indústrias públicas de administração, e poderíamos continuar conversando por muito tempo sobre como o país foi consruído nas décadas de 1930 e 1940. Isso levou a um periodo de prosperidade relativamente estável durante os anos de 1950 e 1960, até chegar à década de 1970.

O que aconteceu depois disso foi um esforço feito por Reagan, e particularmente por Bush (filho), de estabelecer o mundo que existia antes de 1929. Ter um país no qual o verdadeiro poder estava nas mãos do setor financeiro privado. Nessa escolha, existem duas realidades: a primeira é que haverá uma ascensão e queda muito rápidas. E a outra é que eles ainda não desmembraram as instituições existentes dos anos 1930 aos 1960. Então ainda temos previdência social, MedCare… ainda temos grandes instituições que estabilizam a economia e que funcionam. Essa é a razão para a crise não ter sido tão violenta quanto a de 1929. A taxa de desemprego chegou a 10% e não a 25%. O que é chamado de capitalismo não tem sido capitalismo. Esse, ao longo da minha vida, eu não conheci.”

A dimensão monetária na integação: contribuições da teoria geral da moeda

Posted in Monografias (Economia e Outros) por vitorbatelochi em 13 de agosto de 2010

MONOGRAFIA_FINALIZADA

O objetivo do presente trabalho é compreender a origem e os objetivos de um conjunto de iniciativas de integração monetária e cooperação financeira que vem sendo apresentados na última década em diversos países periféricos. Para isso será realizado a exposição dos conceitos marxistas da moeda (teoria geral da moeda), e do sistema monetário internacional pós-1971, o que permitirá identificar a qualidade da moeda. Assim, sugiro que existe atualmente um conjunto de iniciativas em todo o globo para a criação de moedas regionais, e que estas iniciativas surgem numa  situação conjuntural de acúmulo sem precedentes de reservas cambiais nos países periféricos, o que se trata de uma contraditória situação, pois ao tempo que estimula também dificulta o avanço destas iniciativas.

Palavras-chave: Moeda, Integração Monetária, Sistema Monetário Internacional, Periferia.

A Little Economic Realism

Posted in Economia por vitorbatelochi em 5 de agosto de 2010


By DAVID BROOKS

Published: July 5, 2010 New York Times

Let’s say you’re the leader of the free world. The economy is stuck in the doldrums. Naturally, you want to do something.

Many economists say we need another stimulus bill. They debate about whether the stimulus should take the form of tax cuts or spending increases, but the ones in your party are committed to spending increases. They trot out a plausible theory with computer models to go with it. If the federal government borrows X amount of dollars and pumps it into the economy, that would produce Y amount of growth and Z amount of jobs. In a $14 trillion economy, you’d probably have to borrow hundreds of billions more to have any noticeable effect, but at least you’d be doing something to help the jobless.

These Demand Side theorists are giving you a plan of action. But you’re not a theorist. You’re a practical executive, and you have some concerns.

These Demand Siders have very high I.Q.’s, but they seem to be strangers to doubt and modesty. They have total faith in their models. But all schools of economic thought have taken their lumps over the past few years. Are you really willing to risk national insolvency on the basis of a model?

Moreover, the Demand Siders write as if everybody who disagrees with them is immoral or a moron. But, in fact, many prize-festooned economists do not support another stimulus. Most European leaders and central bankers think it’s time to begin reducing debt, not increasing it — as do many economists at the international economic institutions. Are you sure your theorists are right and theirs are wrong?

The Demand Siders don’t have a good explanation for the past two years. There is no way to know for sure how well the last stimulus worked because we don’t know what would have happened without it. But it is certainly true that the fiscal spigots have been wide open. The U.S. and most other countries have run up huge, historic deficits. And while this has helped save public-sector jobs, we certainly haven’t seen much private-sector job growth. It could be that government spending is a weak lever to counter economic cycles. Maybe monetary policy is the only strong tool we have.

The theorists have high I.Q.’s but don’t seem to know much psychology. Lord Keynes, though a lesser mathematician, wrote that the state of confidence “is a matter to which practical men pay the closest and most anxious attention.”

These days, debt-fueled government spending doesn’t increase confidence. It destroys it. Only 6 percent of Americans believe the last stimulus created jobs, according to a New York Times/CBS News survey. Consumers are recovering from a debt-fueled bubble and have a moral aversion to more debt.

You can’t read models, but you do talk to entrepreneurs in Racine and Yakima. Higher deficits will make them more insecure and more risk-averse, not less. They’re afraid of a fiscal crisis. They’re afraid of future tax increases. They don’t believe government-stimulated growth is real and lasting. Maybe they are wrong to feel this way, but they do. And they are the ones who invest and hire, not the theorists.

The Demand Siders are brilliant, but they write as if changing fiscal policy were as easy as adjusting the knob on your stove. In fact, it’s very hard to get money out the door and impossible to do it quickly. It’s hard to find worthwhile programs to pour money into. Once programs exist, it’s nearly impossible to kill them. Spending now creates debt forever and ever.

Moreover, public spending seems to have odd knock-off effects. Professors Lauren Cohen, Joshua Coval and Christopher Malloy of Harvard surveyed 42 years of government spending increases in certain Congressional districts. They found that federal spending increases dampened corporate hiring and investment in those districts. You wish somebody could explain that one to you before you pass on more debt burdens to your grandchildren.

So you have your doubts, but you are practical. You want to do something. Too much debt could lead to national catastrophe. Too much austerity could lead to stagnation.

Well, there’s a few short-term things you can do. First, extend unemployment insurance; that’s a foolish place to begin budget-balancing. Second, you need to mitigate the pain caused by the state governments that are slashing spending. You need a program modeled on Race to the Top. You will provide federal money now to states that pass responsible long-term budget plans that will reduce spending and pension commitments. That would save public-sector jobs and ease contractionary pressures without throwing the country into a fiscal-debt spiral.

But the overall message is: Don’t be arrogant. This year, don’t engage in reckless new borrowing or reckless new cutting. Focus on the fundamentals. Cut programs that don’t enhance productivity. Spend more on those that do.

You don’t have the ability to play the economy like a fiddle. You do have the ability to lay some foundations for long-term growth and stability.

A version of this op-ed appeared in print on July 6, 2010, on page A23 of the New York edition.

Resposta:

Argumentos de autoridades

6 de julho de 2010 | 15h47

Paul Krugman

Um rápido comentário a respeito da coluna de David Brooks publicada hoje. Não sei a que ele está se referindo quando diz:

Aqueles que enfatizam o lado da procura não apresentam uma boa explicação para os últimos dois anos.

Engraçado, pensei que tivéssemos uma explicação ótima: um agudo declínio na demanda decorrente da crise financeira e um pacote de estímulo que, como alertamos desde o início, estava muito aquém do necessário. E, como tenho tentado demonstrar, os acontecimentos confirmaram quase inequivocamente o ponto de vista daqueles que enfatizam a procura.

Mas há algo mais na coluna de David, algo que vejo com frequência: a noção de que, simplesmente porque um grande número de pessoas importantes acredita numa ideia, ela deve necessariamente fazer sentido:

Além disso, aqueles que enfatizam a procura escrevem como se todos os que discordam de sua opinião são imorais ou imbecis. Mas, na verdade, muitos economistas premiados são contrários a uma nova rodada de estímulo. A maioria dos líderes europeus e dos presidentes dos bancos centrais do continente acha que é hora de reduzir o endividamento, e não aumentá-lo – opinião partilhada por muitos economistas das instituições econômicas internacionais. Têm certeza de que esses teóricos estão equivocados, e os seus, corretos?

Sim, tenho certeza. Isto se chama analisar as evidências. Analisei atentamente os argumentos apresentados pelos Defensores da Dor e também as evidências que supostamente sustentariam a posição deles – e cheguei à conclusão de que nada confirma o que estão sugerindo.

Além disso, temos de nos perguntar como é possível termos passado pelos últimos dez anos e ainda imaginarmos que, simplesmente porque um grande número de Pessoas Sérias acredita em algo, devemos acreditar também. E o Iraque? A bolha imobiliária? O medo da inflação? (Vale lembrar que Trichet de fato aumentou os juros em junho de 2008, pois ele acreditava que a inflação – e não a crise financeira – era a grande ameaça enfrentada pela Europa.)

A lição que aprendi nos últimos anos não foi Seja Humilde e sim Questione a Autoridade. O leitor deveria fazer o mesmo.

Maradona és más grande que Pelê…

Posted in Esportes por vitorbatelochi em 5 de julho de 2010

Foi uma impressão equivocada ou parece mesmo que a seleção argentina passou a ser querida pelos brasileiros? Respeito eles sempre tiveram, jogam demais, todos sabem. Mas dessa vez não foi preciso muito esforço para encontrar torcedores brasileiros assistindo jogos da Argentina, torcendo e se entristecendo com a cacetada alemã. De rival eterno à integração sul-americana, torcer pela argentina era, afinal, uma questão de identidade, vamos dizer assim. E Maradona então? Ganhou o Brasil. Pelé até tentou, ofendeu e desmereceu o trabalho de seu maior concorrente. Mas já era tarde. Maradona já havia ganhado os brasileiros. Quem sabe ainda não se torna técnico do Brasil. Eu topo…

Com a palavra Krugman: “Paul Krugman alerta para sinais de uma terceira depressão”

Posted in Economia por vitorbatelochi em 30 de junho de 2010

“… Podemos observar uma volta mais evidente desse tipo de comportamento em discursos na Europa, onde oficiais parecem estar se inspirando em Herbert Hoover para compor sua retórica, incluindo a afirmação de que impostos mais altos e cortes de gastos irão de fato expandir a economia através da segurança comercial. Na prática, no entanto, os Estados Unidos não estão muito diferentes. A Reserva Federal parece saber dos riscos da deflação – mas não se propõe a fazer nada para mitigá-los. A administração Obama sabe dos perigos de uma austeridade fiscal prematura – mas, já que os republicanos e democratas conservadores se negam a autorizar um auxílio maior aos governos estaduais, essa austeridade é inevitável e se manifesta através de cortes de orçamento estadual e municipal.

Por que então esse tropeço político? Os conservadores normalmente citam os problemas da Grécia e outros países europeus para justificar suas ações. É verdade também que os investidores de ações passaram a preferir os governos com déficits incontroláveis. Mas não há provas de que a austeridade fiscal repentina em face a uma economia em depressão ofereça alguma garantia a investidores. Muito pelo contrário: A Grécia optou pela austeridade severa e teve como resultado um aumento ainda maior da sua instabilidade; a Irlanda impôs cortes ferozes nos gastos públicos e foi tratada pelos mercados como um risco maior do que a Espanha, que até então havia sido mais relutante em aceitar a solução proposta pelos conservadores.

É quase como se os mercados financeiros conseguissem entender o que os legisladores não conseguem: apesar de a responsabilidade fiscal de longo prazo ser importante, o corte repentino de gastos em uma depressão, que aumenta mais ainda essa depressão e precede a deflação, é também uma estratégia autodestrutiva…”

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16745&boletim_id=721&componente_id=12075

Acessado em: 30 de junho de 2010.

Com a palavra Stiglitz: “Os governos deveriam criar seus próprios bancos”

Posted in Economia por vitorbatelochi em 30 de junho de 2010

“… Nos Estados Unidos entregamos ao sistema financeiro 700 bilhões de dólares. Se tivéssemos investido apenas uma fração dessa quantidade na criação de um novo banco, feríamos financiado todos os empréstimos que eram necessários”, disse Joseph Stiglitz em declarações ao jornal Independent na segunda-feira. Se os bancos não emprestam, os governos deveriam criar seus próprios bancos e encomendar-lhes essa tarefa, propôs o prêmio Nobel de Economia.

Na verdade, seria possível fazer isso com muito menos: “Tomemos 100 bilhões, alavanquemos essa quantidade por um fator de dez a um (atraindo fundos do setor privado) e obteremos uma capacidade creditícia de um bilhão de dólares, mais do que a economia real necessita”, explicou Stiglitz. O problema nos EUA é que o estímulo fiscal não foi o necessário: “Consistiu em boa medida em cortes de impostos e quando se deu dinheiro aos bancos, foi para aqueles que não deviam ter recebido”. “A conseqüência de tudo isso é que não se restabeleceu a atividade creditícia. É previsível que este ano se embarguem dois ou mais milhões de casas do que no ano passado”, advertiu o economista…”

Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16748&editoria_id=7

Acessado em: 30 de junho de 2010.

Galatéia de Esferas. Salvador Dalí

Posted in Uncategorized por vitorbatelochi em 13 de maio de 2010

Provérbios: Faz mais quem quer do que quem pode!

Posted in Uncategorized por vitorbatelochi em 19 de abril de 2010

Vamos lá gente. Uma andorinha só não faz verão. Está lançado o espaço para provérbios. Há muito tempo venho valorizando esse tipo de inteligência popular. Os provérbios são valores e conhecimentos de toda ordem, adquiridos no vivenciar de muitas pessoas ao longo do tempo. Interessante notar, que os provérbios, assim como as pessoas, também se transformam, nas palavras e nos conteúdos.

Peço a todos que deixem aqui o seu provérbio, não deixe pra amanhã o que vc… Mais vale não dizer nada, que nada dizer. E lembre-se, faz mais quem quer do que quem pode!

Está sem idéias? O que a wikipedia não faz por vc?

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_prov%C3%A9rbios

Abraço.

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